Tendinite da Mão e Punho

TENDINITE DA MÃO E PUNHO

O termo “tendinite”, é frequentemente utilizado como designação de uma inflamação de um tendão. Os tendões são estruturas constituídas principalmente por colagénio, que fazem a ligação entre os músculos e os ossos, permitindo transmitir a força muscular aos ossos / membros e desencadeando o movimento das articulações. È precisamente as alterações que promovam um desgaste e microrupturas do colagéneo, que provocam o processo inflamatório que origina a dor e consequentemente limitando os movimentos.

A inflamação não se localiza no tendão, mas sim o chamado peritendão, uma membrana que envolve o tendão, que permite a sua nutrição e normal deslizamento. Os termos mais correctos são: tenosinovite, peritendonite, tenovaginite ou entesopatia (patologia na zona onde o tendão se insere no osso).

Exemplos comuns de “tendinites” da mão e punho, são:

– Tenosinovite deQuervain – Tendinite da base do Polegar

– Tenosinovite estenosante dos flexores – Dedo em Gatilho

 

A função do médico é muito importante, pois a sua avaliação médica permite identificar a causa para esta patologia, evitando tratamentos por vezes desnecessários, com recurso a anti-inflamatórios ou “fisioterapia” sem os resultados desejados. O motivo da existência de “tendinite” poderá ser sobrecarga (laboral ou desportiva), traumatismos crónicos, alterações degenerativas ou menos frequentemente doenças do próprio paciente como patologia reumatismal, diabetes ou alterações hormonais. Assim, inicialmente deve-se optar por uma terapêutica conservadora: repouso, imobilização e recurso a anti-inflamatórios. Caso não exista resposta a esta abordagem inicial, segue-se um protocolo de reabilitação personalizado de curta duração ou a aplicação de terapêutica local dirigida: baixa dose de corticóides ou mesoterapia. Nos casos refractários, e excluindo uma causa estrutural, a opção cirúrgica tem bons resultados e excelente grau de satisfação.

 

Excluindo a tendinite da base do polegar e dedo em gatilho; a presença de tendinite a nível do punho, nomeadamente na região dorsal e lateralmente à base do 5º dedo, é com grande probabilidade um sinal de uma alteração estrutural ou da mecânica articular. Nestes casos é fundamental uma completa avaliação de cada caso.

 

Clínica da Mão, de acordo com a sua experiência e evidências científicas mais recentes, defende que não existem tendinites “puras”, isto é, existe muito provavelmente uma patologia associada, que é necessário investigar de modo a dirigir o tratamento. Só tratando o problema estrutural que origina a “tendinite”, se pode tratar a dor e limitações da mão e punho.

Os 3 exemplos mais frequentes são:

– Instabilidade cubital do punho

– Instabilidade dos ossos da mão/carpo

– Artrose sequelar a fractura antiga do punho/mão

 

Estas evidências, são descritas e comprovadas maioritariamente desde há 5-7 anos, com o desenvolvimento da Artroscopia do Punho e Mão, técnica fundamental e necessária para diagnóstico e tratamento mini-invasivo.

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