Fractura do Escafóide

FRACTURA DO ESCAFÓIDE

O Escafóide é um dos 8 ossos que faz parte do punho ou articulação rádio-cárpica. É um osso com uma forma anatómica complexa (tipo “amendoim”) e tem uma localização fundamental do punho, pois é o osso que faz a ligação entre os dois segmentos ósseos do carpo. Estas características tornam o escafoide muito importante para a harmonia da mobilidade do punho.

Atendendo à sua localização, também existe um maior risco para fractura, e qualquer alteração da normal mobilidade do punho, originará alterações degenerativas a longo prazo e consequentemente, dor crónica e perda da mobilidade.

A fractura do escafóide acontece frequentemente em jovens que fazem desporto com risco de queda, como o futebol, basquetebol, andebol, ciclismo…

O escafóide tem para os cirurgiões da mão uma grande importância. Mesmo as pequenas fracturas ( sem desvio/estáveis ) devem ser identificadas e tratadas com imobilização. Nas fracturas com desvio, existe a necessidade de reconstruir cirurgicamente a anatomia do punho, por 2 motivos:

– o risco de o osso não consolidar, isto é de “não colar”, uma vez que o escafóide tem um suporte sanguíneo frágil que é alterado com a fractura – Pseudartrose do escafóide.

– o risco do escafóide consolidar em posição incorrecta, e originar alterações na mobilidade que originará artrose precoce.

 

É uma fractura que pode muitas vezes passar despercebida, pois os pacientes toleram a dor durante algum tempo, inclusivamente podem-se tratar com um punho elástico/ligadura, podendo a dor passar. Mais tarde os pacientes queixam-se de “punho aberto “, perda de força ou ”craques” na mobilização; consequentemente as alterações do punho agravam-se , surgindo: artrose precoce e incapacidade.

Tanto na má consolidação, como na pseudartrose ou na artrose do punho, existe a necessidade de correcção cirúrgica, de modo a eliminar a dor, melhorar mobilidade e parar a evolução da artrose.

Clínica da Mão, procurando identificar a causa de dor no punho, e no caso de fractura do escafóide, utiliza técnicas inovadoras no tratamento das fracturas e suas sequelas, como é o apoio da Artroscopia do Punho. Esta técnica, permite controlar a fixação da fractura com um mini-parafuso nos casos agudos/recentes, mas também nas fracturas antigas/pseudartrose, onde geralmente existe necessidade de colocar enxerto ósseo suplementar para permitir ocupar a zona de fractura. Trata-se de uma cirurgia com necessidade de rigor técnico de modo a minimizar toda a agressão e com uma perfeita correcção necessária.

O tratamento cirúrgico mini-invasivo, permite por vezes a mobilidade imediata, evitando a rigidez do punho e pele sem cicatrizes.

Atendendo à taxa de sucesso elevada, é uma patologia que deve ser tratada inicialmente, e se necessário através de tratamento cirúrgico.

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